Metal Progressivo.

Publicado por Cris Fagundes - 31/05/2012 - 16h50

Boa tarde galera, primeiramente me desculpem, mas não consegui postar ontem a matéria, pois a minha “maquina” ficou de birra e não me deixou trabalhar, mas como os devidos problemas resolvidos, sem mais delongas vamos ao que realmente interessa, o nosso assunto de hoje, um texto abordando o Metal Progressivo ou simplesmente Prog Metal.

O metal progressivo, ou simplesmente prog metal surge também como um desdobramento do heavy, em meados da década de 80, combinando os efeitos e distorções do metal com influências do jazz e da música clássica, aplicando a esta nova sonoridade estruturas musicais complexas e extremamente técnicas, assim como letras com temáticas conceituais. Podemos falar também do prog como uma evolução do rock progressivo das duas décadas anteriores, afinal a ideia é basicamente a mesma, a diferença é o uso do metal.

A primeira e mais proeminente banda do prog talvez seja o Queensrÿche, com mais de 20 milhões de álbuns vendidos por todo o mundo, mas quando se fala nesse gênero, aposto com todos que a primeira banda que vem à cabeça é o Dream Theater. E não é à toa. Durante seus 26 anos de existênciaDT apareceu como um dos maiores nomes do metal, devido principalmente ao virtuosismo de seus integrantes, e ao vocal pouco convencional de James LaBrie, mas é tudo uma questão de costume, apesar de demorar algum tempo para acostumar com a voz deste.  O Queensrÿche por sua vez tem um apelo mais melódico e menos pesado do que o Dream Theater, e estabeleceu-se como sucesso comercial mais rapidamente que as outras do gênero, como, Fates Warning, Crimson Glory e o próprio Dream Theater (bandas que tiveram seu início mais ou menos na mesma época, não vou comparar com as mais recentes).

Aliás vou aproveitar e falar um pouco da Fates Warning: iniciaram suas atividades em 1983, fazendo um som fortemente influenciado pelo Iron Maiden, lançando seu primeiro trabalho completo em 1984: Night on Bröcken, seguido por The Spectre Within em 85No Exito primeiro álbum com o novo vocalista Ray Alder foi lançado em 1988, e no ano seguinte o melhor álbum em minha opinião: Perfect Symmetry (vale à pena ouví-lo, recomendo). Outro álbum muito bom é o A Pleasant Shade of Grayde 1997. Durante sua carreira contaram com algumas participações importantes nas gravações, como por exemplo o já citado LaBrie e também Kevin Moore (ex-tecladista do Dream Theater). A verdade é que FW é uma banda injustiçada, e também pouco conhecida, apesar dos seus quase 30 anos de estrada.

http://www.youtube.com/watch?v=zv2i5qPG4K0&feature=player_embedded
Fates Warning – At Fate’s Hand

 

A década de 90 foi também muito boa para o prog metal, com o aparecimento de importantes bandas para o desenvolvimento dessa vertente: Pain of SalvationSymphony XPorcupine Tree, e os projetos de um dos gênios do progArjen Lucassen (entre eles, o Ayreon, Star One, Stream of Passion). Dessas últimas 6 bandas, vale a pena ouvir todas. S

Outra banda que não pode deixar de ser citada é Pain of Salvation, que é liderado por um dos outros gênios do prog (Daniel Gildenlöw).
Bom, já que estou falando das mentes brilhantes desse gênero, tenho que falar de mais uma então: Steven Wilson, vocalista e guitarrista do Porcupine Tree, que começou como um prog rock, cheio de influências do Pink Floyd, mas ultimamente tem se aproximado mais do metal (chequem os álbuns Deadwing, e Fear of a Blank Planet).

As misturas ao gênero seriam inevitáveis, como em qualquer outro. Ainda assim, certas bandas apresentam um diferencial em relação a isso. É o caso do Opeth, banda liderada por Mikael Åkerfeldt (advinhem: outro gênio), que faz uma mistura muito interessante  com o death metal, intercalando momentos de uma música sutil e leve com agressividade e extremismo. Essa é uma das bandas que eu poderia dedicar um post exclusivo, talvez mais pra frente.


Opeth – Porcelain Heart

 

A junção do prog com o death acabou se tornando o “technical death metal”, não é o caso do Opeth, porém uma que se incorpora a este gênero é o Necrophagist. A estruturação complexa das músicas de uma banda às vezes acabam por fazer com que elas pareçam prog, mas é uma apropriação errada, já que essa não é a única característica presente no gênero, ainda assim, não pode ser descartada a possível influência progressiva na sonoridade da banda.

A grande marca registrada do metal progressivo é a composição de álbuns conceituais, ou seja, um álbum “unificado” por um tema que se desenvolve ao longo das músicas e é exposto de maneiras diferentes e toma continuidade por cada uma delas. Não é necessariamente uma história ou narrativa, mas também pode ser, e podemos ver alguns álbuns sendo feitos dessa maneira, que é o caso dos Full Lengths do Ayreon, por exemplo. Os temas geralmente estão ligados à vida de um ser humano, e o modo com que ele enfrenta diferentes situações que em sua maioria são de escolhas complexas. Podemos citar como exemplo de álbuns assim o Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory” do Dream Theater, e também oBe do Pain of Salvation,  e Still Life” do Opeth, entre outros.

O campo do prog é muito rico, tanto em bandas quanto em talento. Definitivamente vale à pena passar um tempo procurando por músicas daqui, pois dificilmente você será decepcionado por alguma delas.


Pain of Salvation – Ending Theme


Dream Theater – The Dark Eternal Night


Queensrÿche – Silent Lucidity


Opeth – The Grand Conjuration

É isso aí! Como sempre, caso tenha algum comentário de qualquer tipo, sinta-se à vontade escrever, uma ótima tarde a todos e até a próxima.

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