Resenha do álbum “13” do Black Sabbath.

Publicado por Cris Fagundes - 04/06/2013 - 17h14

Boa tarde galera, olha eu por aqui outra vez, … sem muitas delongas vamos direto ao ponto que hoje estou ansioso (risos), como o titulo já diz, hoje nosso texto vai falar, fazer uma resenha de todas as faixas do novo álbum do Black Sabbath “13”, que tem lançamento previsto para o próximo dia 11 de junho, não me perguntem como (mas na internet tudo vaza antes, e lembrem se de comprar o original pois esse eu lhes digo desde já, vale mais que a pena), mas eu já tive a honra de ouvir o álbum todo, bem sem mais delongas, vamos aos trabalhos.

Black Sabbath - 13.

Para ser bem sincero,  se não tivesse pessoas a minha volta acho que eu teria chorado em vários momentos da primeira audição que fiz deste álbum que sem dúvida é o lançamento mais espetacular dos últimos anos. Aliás, segurar o choro, principalmente no final do disco, é uma tarefa para um homem de ferro. Não tem como um Headbanger não se emocionar de verdade.

Obviamente estou sentindo uma dificuldade enorme em comentar um disco inteiro de quase 1 hora de duração, um disco tão esperado, horas após ter ouvido uma única vez,  e fiz questão de fazer esse texto com o “baque” da primeira impressão que ficou.

Por isso, decidi colocar aqui, o que eu me lembro que me marcou em cada uma das 8 maravilhosas faixas que comporão o “13″ (a edição Deluxe será composta de 2 CDs com 3 músicas adicionais).

São as minhas sensações, sentimentos, coisas marcantes, momentos arrepiantes e já peço desculpas se eventualmente eu confundir ou me arrepender do que escrever abaixo, porque está tudo baseado nas sensações daqueles 53 minutos que ouvi.

E se o final do disco é algo que foi tão lindo e pra mim, surpreendente (não, não vou falar agora o que é. Tem que ler o texto até o fim…), o começo não fica atrás.

Ligue qualquer som do Black Sabbath bem alto, e aqui vamos nós:

01. End Of The Beginning (08′ 06â€)

“Is this the end of the beginning? Or the beginning of the end?â€

Quão poético é começar com essas 2 perguntas, aquele que talvez seja o último disco da banda que começou o Heavy Metal mais de 40 anos atrás? Lindo. Genial.

E eu juro: Durante todo o primeiro riff, uma sequência de notas dissonantes no melhor estilo Sabbath que deve durar 1 minuto até o momento que há a transição da execução apenas para o baixo, eu fiquei o tempo todo arrepiado. E aí pela primeira vez entra a voz sombria do Ozzy.

Ele canta por 1 minuto mais ou menos em cima dessa base feita apenas por Geezer e aí surge pela primeira vez, toda a força do Sabbath: Iommi se junta ao riff, a bateria ganha peso e é difícil descrever a magia que acontece.

Se alguém ainda tinha dúvidas de porque Iommi é considerado “O Riff Masterâ€, no meio dessa música as dúvidas acabaram.

Geezer está insano na parte do meio. E que som de baixo!!!  E Brad Wilk na bateria fez o trabalho perfeito, ou seja: Ele soa como Bill Ward. Faz as batidas do Bill Ward. Parece o Bill Ward. Como tem que ser.

O som da guitarra de Tony Iommi está maravilhosa e isso me chamou muito a atenção na parte lenta do 1º. solo. Que timbre e que som!!!

E nos vocais, depois desse solo, lembro ainda de pensar “Não é à toa que o Ozzy sempre fala que Paul McCartney é o ídolo dele. Dá pra ver aqui a influência Beatles nos vocaisâ€.

E a última coisa que me marcou nesta música é a guitarra e a voz juntas no fim do segundo solo.

02. God Is Dead (08′ 52â€)

“Give me the wine. You keep the breadâ€

“God Is Dead†foi o primeiro single. Quantas bandas teriam a coragem de lançar a sua volta (no Mainstream, porque Black Sabbath é Metal, mas é Mainstream também) com um título desses? E com uma música de quase 9 minutos que inclusive é a mais longa do álbum?

O som começa com as notas já bem conhecidas das dezenas de vezes que eu ouvi no youtube. O som do baixo do Geezer em cima dos tambores nesse começo é algo realmente assustador de tão pesado. E depois o lindo dedilhado com a voz do Ozzy na primeira parte da música.

Mais uma vez, no meio da música,  a mudança de tempo que vem através de mais 1 riff genial. E o timbre da guitarra que Iommi e Rick Rubin produziram é demais!!!

03. Loner (4′ 59â€)

“He’s just a lonerâ€

Começa com um riff maravilhoso, curto, direto e após 4 repetições vem a voz do Ozzy que sempre sobe na terceira frase da estrofe, criando um clima muito legal.

Eu ainda estava com a execução desta música ao vivo em Melbourne na cabeça e ouvir no disco, agora com Ozzy cantando no tom certo foi a constatação que a música é sensacional mesmo.

Após a 1a. parte falada, Ozzy solta um tradicional “Alright nowâ€Â e Iommi inventa mais um riff genial.

O refrão é bem melodioso, dedilhado e ao ouvir a linha vocal do Ozzy no finalzinho desse refrão dá pra entender claramente a influência que o Sabbath representou para o Metallica pois dá pra imaginar James Hetfield cantando na mesma levada.

Destaque também para uma parte toda “quebrada†antes do primeiro solo. Batera e baixo destruindo.

04. Zeitgeist (4′ 37â€)

“…and say good nightâ€

A música mais curta do disco tem um significado muito legal. É o espírito (ou clima) existente em um determinado período da História de acordo com as idéias e crenças da época.

Como eu imaginava que este disco, tão emblemático e simbólico deveria passar por todos os estilos e nuâncias da era Ozzy no Black Sabbath, eu estava ansioso para saber se entre as 8 músicas teríamos alguma coisa na linha de “Planet Caravan†ou “Solitudeâ€. E a minha expectativa foi totalmente atendida nessa faixa.

O baixo de Geezer nessa música é o destaque. Lindo. A dissonância dá lugar à uma sequência muito melodiosa e o solo com guitarra limpa, mostra toda a técnica de Iommi antes do fim da música.

Isso me faz lembrar a declaração de Eddie Trunk no That Metal Show, falando sobre Tony Iommi, quando ele diz algo tipo “Se o assunto é Iommi, todo mundo fala dos riffs, e claro ele é “O Riff Masterâ€, mas não podemos esquecer os solos que esse cara fazâ€. 

E nesse disco em geral, os solos estão no nível dos riffs. Sensacionais.

05. Age Of Reason (7′ 01â€)

“Without a traceâ€

Após a calmaria de “Zeitgeist”, voltamos à pegada Sabbath. Mais riffs novos e ótimos.

Acho que muito já se escreveu sobre a combinação do timbre da voz do Ozzy em cima de um riff do Iommi, então não vou falar o óbvio. Só dizer que é mágico mesmo: A parte do meio dessa música com um riff sensacional e a voz do Ozzy em cima é um dos momentos mais legais do disco.

E naquela linha de homenagear todas as passagens da história do Black Sabbath, antes do 2o. solo tem um riff “cantável†(tipo “ôôôôôô) que nos remete diretamente ao fim de War Pigs.

A música termina com grandiosidade.

06. Live Forever (4′ 46â€)

“Just before you die, they say you see your life flashing byâ€

Cada vez que começava uma música nova, eu pensava “Será que essa vai ser a pior do disco? Porque até agora adorei todas. Será que essa não vou gostar?â€. O disco foi até o fim e não consegui responder a essa pergunta.

Começa com um riff bem dissonante que emenda em outro riff que vira a base para a voz do Ozzy.

07. Damaged Souls (7′ 51â€)

“The time is coming where all will end. The future has ended before has begunâ€

A música tem uma levada um pouquinho mais lenta que a tradicional pegada do Sabbath.

Ozzy começa cantando muito. E justamente quando há uma mudança no estilo do vocal que emenda no solo de Iommi, é que começa a sequência de “coisas†que talvez me façam acreditar que esta seja a melhor música do disco (difícil escolher, porque gostei de todas). Aqui vai:

Depois do solo, o baixo é simplesmente impressionante. Tem que ouvir com bastante grave e eu garanto: A sua casa vai tremer. O 2o. solo de Iommi é lento, lindo e o baixo continua destruindo nessa base. E emenda em mais um riff, transformando a música, numa música rápida e nessa hora é realmente de arrepiar e vem mais um solo genial.

E no fim, baixo e guitarra fazem juntos o riff. E será que eu estou viajando ou também tem uma gaita, remetendo a “The Wizard�

Sensacional. Quero ouvir de novo. Agora.

08. Dear Father (7′ 20â€)

“The faith that you stoleâ€

Tradicional levada Black Sabbath, o que me leva a perguntar: Quantos riffs mágicos esse cara consegue fazer? É inacreditável!

E aí são 3 riffs que vão se sucedendo: Os 3 com mudanças de tempo, sempre acelerando até voltar à pegada Sabbath.

E o baixo após o refrão é insano.

E aí vem o fim da música e do disco mais aguardado do ano.

Vou fazer o seguinte:

Se você não quer ler aqui como é o final do álbum do Sabbath e ter a sensação de ouvir sem ter nenhuma informação, NÃO LEIA o próximo parágrafo. Se você não tem problemas com isso e quer saber como termina, pode continuar a leitura.

E aí vem o fim da música. E do álbum.

A música termina com tambores. E Peso.

E chuva. E trovões. E sinos distantes.

Aonde eu já ouvi isso antes?

Claro…

O fim deste álbum é o começo.

O começo de tudo.  O começo do Heavy Metal.

O trítono e “What is this that stands before me?â€

É o encerramento de um ciclo. O ciclo da História da banda que teve influência crucial no desenvolvimento e definição do estilo de música que moldou e mudou a minha vida.

Obrigado Geezer, Ozzy e Tony por colocarem o Heavy Metal no lugar mais alto novamente.

Vocês criaram um disco para entrar para a História e vocês contaram a História inteira em um disco.

Simplesmente genial.

Por hoje é isso galera, e comprem esse disco, vale muito a pena, um grande abraço e até a próxima!!!

- Publicidade -

ENVIE UM COMENTÁRIO

IMPORTANTE: O Click Riomafra não se responsabiliza pelo conteúdo, opiniões e comentários publicados pelos seus usuários. Todos os comentários que estão de acordo com a política de privacidade do site são publicados após uma moderação.